quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O Mastigado da Jumenta ta no GooglE!!!!!

eu tava aki na net otro dia sem nada pra fazer, ai coloquei no google "Jumenta"...




e derrepente PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAhhh... a fotinha do mastigado da jumenta na primeira pagina.... MUITO DOIDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


terça-feira, 11 de novembro de 2008

NUNCA TENTE POR SUA CABEÇA ONDE NAO DEVE!!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O snoop VIAJA!!


O snoop eh o cachorro do Charlie Brown... mas nao eh o Charlie Brown JR. nao eh o Charlie Brown o muleke careca do desenho :p... o snoop entende td oq os muleke do desenho fala, so que, ELE NAO FALA!!
ta, td bem... ele eh um cachorro nao tem q falar msm.... mas tem outra... ele eh um cachorro mtu viajao... PQ?... ele tem uma casinha de cachorro vermelha e toda vez q ele entra nela, pode ter certeza, vai rolar uma viajem... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... o bixo entra na casinha e vai parar no TETO!!! de dentro da casinha pro teto... onde ja se viu?.... blz.... ai ele fik la em cima da casinha e começa a viajar q ta num aviao.... e começa a atirar numa galera. mas que galerA???
... ninguem.... ele so ta viajando msm... e o pior de td.... alem de ele atirar em ninguem.... ninguem TAMBEM ATIRA NELE!!!!!!!!
td bem q quando a gente eh criança essas coisas nao importao.... mas quando a gente cresce e ve uma coisa dessas fik pensando... "eu acho q esse cachorro fuma 1"...
PQ EU ASSISTIA A ESSE TIPO DE COISA?... puts...
Snoop Fumando 1


mas pra falar a verdade o desenho eh bem legalzinho hehe.... so que o snoop viaja... :p






olha o snoop matando a larica e viajando ae....






Obama, Primeiro presidente americano negro




Barack Hussein Obama II nasceu em 4 de agosto de 1961 em Honolulu, no estado americano do Havaí, filho de Barack Obama, Sr., um economista queniano, nascido em Nyang’oma Kogelo, distrito de Siaya, Quénia e de Ann Dunham, antropologa americana, branca, nascida em Wichita, no estado do Kansas, EUA. Seus pais conheceram-se enquanto frequentavam a Universidade do Havaí em Manoa, onde seu pai era um estudante estrangeiro.
Eles separam-se quando Obama tinha dois anos de idade, divorciando-se em seguida. Seu pai retornou ao Quênia, encontrando-se com o filho apenas mais uma vez antes de falecer em um acidente de automóvel em 1982, quando seu filho Obama tinha 21 anos.

Barack Hussein Obama II (Honolulu, 4 de agosto de 1961), foi eleito o 44º presidente de seu país, pelo Partido Democrata. Sua candidatura foi formalizada pela Convenção do Partido Democrata em 28 de agosto de 2008. É senador pelo estado de Illinois. Obama foi o primeiro afro-americano a ser nomeado candidato a presidente por um dos principais partidos políticos estadunidenses. É também o único senador afro-americano na atual legislatura.
Graduou-se em Ciências Políticas pela Universidade Columbia em Nova Iorque, para depois cursar Direito na Universidade de Harvard, graduando-se em 1991. Foi o primeiro afro-americano a ser presidente da Harvard Law Review.
Obama atuou como líder comunitário e como advogado na defesa de direitos civis até que, em 1996, foi eleito ao Senado de Illinois (Orgão integrante da Assembléia Geral de Illinois, que constitui o poder legislativo local), mandato para o qual foi reeleito em 2000.
Entre 1992 e 2004, ensinou direito constitucional na escola de direito da Universidade de Chicago.
Tendo tentado, em 2000, eleger-se, sem sucesso, ao Congresso Americano, anunciou, em janeiro de 2003, sua candidatura ao Senado dos Estados Unidos. Após vitória na eleições primárias, foi escolhido como orador de honra para a Convênção Nacional do Partido Democrata em julho de 2004. Em novembro, foi eleito Senador dos Estados Unidos pelo estado de Illinois com 70% dos votos. Em 4 de janeiro de 2005 assumiu o atual mandato, o qual tem duração até 2011.
Como membro da minoria democrata no período entre 2005 e 2007, ajudou a criar leis para controlar o uso de armas de fogo e para promover maior controle público sobre o uso de recursos federais. Neste período, fez viagens oficiais para o leste europeu, o oriente médio e África. Na atual legislatura, contribuiu para a adoção de leis que tratam de fraude eleitoral, da atuação de lobistas, mudança climática, terrorismo nuclear e assitência para militares americanos após o período de serviço.


Um pouco do que Obama disse após sua vitoria:

Obama diz: "Change has come to America", A Mudança Chegou a America. Muitos acreditam que sim, mas e para nós? O que muda com Obama no poder?
Provavelmente nada, a politica Americana é voltada para eles, as mudanças serao feitas dentro de seu país, para nós continua a mesma coisa, continuamos sendo dependentes dos EUA, nas eleições americanas so se falou em politica interna a externa ficou de lado, a mudança esta lá, aqui continuamos sendo só mais um pais.

sábado, 25 de outubro de 2008

Desciclopedia



O que é desciclopedia?



Desciclopedia nada mais é que uma satira do site Wikipedia... ao enves de dar informaçoes seguras e certas esse site tira onda com tudo que é serio e tambem oq nao é... o desciclopedia tem satiras sobre tudo, suas materias sao muito engraçadas e muitas bem toskas, mas o que vale é fazer a gente rir.


Todo dia com novos artigos em destaque, alem do "Hoje é" que todo dia eles colocam q é data comemorativa de alguma coisa. Como por exemplo hoje dia 25 de Outubro - Dia da fundação do X-piritismo por Chico Xavier.



http://desciclo.pedia.ws/





Chico Xavier em sua cadeira flutuante

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Pepão no Orkut...

Olha o pepão q eu achei no orkut... kkkk



ta escrito, "Hugo wackson, To com saudades Mozao"...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...
que pepãooooooooooo!!!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

RobinHOod


Atacante Robinho vira Robin Hood em jornal inglês

O jornal inglês The Guardian publicou duas fotomontagens brincando com o atacante brasileiro Robinho, atualmente jogando pelo Manchester City. Em uma das imagens, intitulada como "Most Wanted Edition" (A edição mais procurada), o periódico brinca com o nome do atleta, que de Robinho, vira Robin Hood.











Em uma outra imagem, o ex-santista assume o lugar de Kevin Costner, ator que interpretou a lendária figura que ficou conhecida como o "Príncipe dos Ladrões".

Robinho realmente é um jogador excepcional e merece a devia intitulaçao. Na imagem vem escrito: "PRINCE OF GOALS", principe dos gols. Robinho vem sendo um dos melhores jogadores da atualidade, possui visão de jogo e tem muita habilidade com a bola.
Taí um video do Robinho em campo.

sábado, 18 de outubro de 2008

O Rappa

Em 1993, com a vinda do cantor regueiro Jamaicano Papa Winnie ao Brasil, foi montada uma banda às pressas para acompanhar o cantor em suas apresentações. Formada por Nelson Meirelles, na época produtor do Cidade Negra e de vários programas de rádios alternativas do Rio de Janeiro; Marcelo Lobato, que havia participado da banda África Gumbe; Alexandre Menezes, o Xandão, que já havia tocado com grupos africanos na noite de Paris e Marcelo Yuka, que tocava no grupo KMD-5. Após essa série de apresentações como banda de apoio do jamaicano, os quatro resolveram continuar juntos e colocaram anúncio no jornal O Globo para encontrar um vocalista. Dentre extensa lista de candidatos, Marcelo Falcão foi o escolhido.
A decisão sobre o nome da banda envolveu opções como "Cão-careca" e "Bate-Macumba". O nome escolhido - O Rappa - vem da designação popular dada aos policiais que interceptam camelôs, os rapas. Com um p a mais para diferenciar, o nome foi escolhido. Um exemplo de a palavra rapa ser aplicada aos caçadores de camelôs pode ser encontrado na música "Óia o rapa!" na composição de Lenine e Sérgio Natureza, gravada pela banda no CD Rappa Mundi.
Finalmente, com Falcão na voz, Marcelo Yuka na bateria, Xandão na guitarra, Nelson Meireles no contra-baixo e Marcelo Lobato no teclado, estava formado O Rappa.




O Rappa (1994)
Rappa Mundi (1996)
Lado B Lado A (1999)
O Silêncio Que Precede O Esporro (2003)
Sete Vezes (2008)
Instinto Coletivo (2001)
Acústico MTV O Rappa (2005)






O Rappa faz uma mescla de ritmos que conquista pessoas de todo o pais, seu ritmo eh envolvente e contagiante a banda eh composta de varios musicos que sempre usam em suas composições uma grande variedade de instrumentos, tornando assim a musica diferente em todos os aspectos, suas letras sempre tem um contexto social muito forte e mostram a realidade das favelas e o lado que muitas vezes fica esquecido.

Tribunal de Rua


A viatura foi chegando devagar

E de repente, de repente resolveu me parar

Um dos caras saiu de lá de dentro

Já dizendo, ai compadre, cê perdeu

Se eu tiver que procurar cê ta fodido

Acho melhor cê i deixando esse flagrante comigo

No início eram três, depois vieram mais quatro

Agora eram sete os samurais da extorsão

Vasculhando meu carro, metendo a mão no meu bolso

Cheirando a minha mão

De geração em geração

Todos no bairro já conhecem essa lição

E eu ainda tentei argumentá

Mas, tapa na cara pra me desmoralizar

Tapa, tapa na cara pra mostra quem é que manda

Porque os cavalos corredores ainda estão na banca

Nesta cruzada de noite, encruzilhada

Arriscando a palavra democrata

Como um santo graal

Na mão errada dos hômi

Carregada em devoção

De geração em geração

Todos no bairro já conhecem essa lição

O cano do fuzil

Refletiu o lado ruim do Brasil

Nos olhos de quem quer

E quem me viu, único civil

Rodeado de soldados

Como seu eu fosse o culpado

No fundo querendo estar

A margem do seu pesadelo

Estar acima do biótipo suspeito

Nem que seja dentro de um carro importado

Com um salário suspeito

Endossando a impunidade

A procura de respeito

(Mas nesta hora) só tem (sangue quente)

Quem tem (costa quente, quente, quente)

Só costa quente, pois nem sempre é inteligente

(Peitar) peitar, peitar (um fardado alucinado)

Que te agride e ofende (pa te levar, levar, levar)

Pra te levar alguns trocados (diz aê)

Pra te levar, levar, levar

Pra te levar alguns trocados (segue a mão)

Era só mais uma dura

Resquício de ditadura

Mostrando a mentalidade

De quem se sente autoridade

Nesse tribunal de rua

Nesse tribunal

Nesse tribunal de rua

terça-feira, 14 de outubro de 2008











I Ching o livro mais antigo do mundo:
Nos últimos 3 mil anos os 64 hexagramas chineses foram guia espiritual manual de governo e fonte para a ciência moderna. Conheça essa misteriosa história.
Zero, um, zero, zero, um, um. Sem esses dois números em combinações intermináveis, o mundo de hoje seria chatíssimo. Eles formam o código binário, usado por todo computador que existe para transmitir trilhões de dados dia a dia, guardar toda uma vida numa caixa postal de email e deixar íntimas pessoas que moram a milhares de quilômetros de distância. Esse sistema foi cunhado no século 18 pelo matemático alemão Gottfried Wilhelm Leibniz, mas sua origem, segundo o próprio Leibniz, é muito mais antiga. Está em um livro chinês de adivinhação e consulta espiritual que guardaria a verdade universal, seria uma miniatura do infinito e a chave para o funcionamento do Universo:o I Ching , o Livro das Mutações.
Com pelo menos 3 mil anos de existência, o I Ching se baseia na idéia de mutação contínua, regida pela soma das forças cósmicas do yin (a sombra)e do yang (a luz). O livro caminhou junto com a história da China. Ajudou a criar religiões orientais, como o taoísmo, foi a principal fonte de inspiração do pensador chinês Confúcio e serviu como elemento unificador do país durante o século 3 a. C. Também deixou herança não apenas na matemática ocidental. “O I Ching está mais ligado ao inconsciente que à atitude racional da consciência ”, escreveu em 1949 o psicanalista Carl Jung, que usava o livro em sessões de análise. Para o físico Niels Bohr, a obra está na raiz da física quântica, um dos principais pilares da ciência atual. Com você, a história do livro mais antigo do mundo.
A lenda
Certo dia, lá pelo ano 3000 a. C. , Fu Hsi,
o primeiro imperador da China, passeava pelas margens do rio Amarelo, no norte do país. Contam as lendas que Fu Hsi não era apenas um soberano sábio, mas também o homem que inventou a escrita, o matrimônio e a arte da costura. Naquele dia, caminhando pela beira das águas, o imperador multimídia fez sua descoberta mais intrigante. No meio do passeio, Fu Hsi viu uma criatura emergir das águas para descansar às margens do rio:corpo de dragão, cabeça de cavalo (os mitos garantem que bichos fabulosos eram corriqueiros na fauna chinesa). Aproximandose, o sábio notou que havia 8 símbolos geométricos inscritos nas costas da criatura. Cada imagem era composta por séries de 3 linhas:algumas inteiras (–), outras partidas (), como você pode observar nestas páginas. No momento em que colocou os olhos neles, o soberano teve uma iluminação divina. Achou que aqueles signos continham a chave para todos os segredos do Universo. Memorizou a seqüência de símbolos –que mais tarde seriam batizados de trigramas e os deixou para seus descendentes e sucessores, com uma dica:quem os estudasse ganharia o poder e o conhecimento sobre todas as coisas.
Em algum momento da Antiguidade, os trigramas foram combinados uns com os outros e deram origem a 64 símbolos formados por 6 linhas –os hexagramas. Ao longo dos séculos, os 64 símbolos ganharam comentários e foram organizados em forma de livros –e os livros guardados a sete chaves nos palácios dos reis e nas bibliotecas de feiticeiros e eruditos. Os chineses levavam ao pé da letra (e alguns ainda levam)a tradição que herdaram de seus ancestrais remotos:naquela obra, estaria a solução para todas as equações do Universo.
Segundo historiadores antigos, como o chinês Sima Quien, que viveu uns 200 anos antes de Cristo, o I Ching teve 4 autores –e Fu Hsi foi apenas o primeiro deles. Hoje, a maior parte dos estudiosos coloca em dúvida a existência de Fu Hsi. “Quando atribuem a ele a origem dos hexagramas, os chineses querem dizer, simplesmente, que os símbolos são mais antigos que toda a memória histórica ”, escreve o sinólogo alemão Richard Wilhelm, no prefácio de sua tradução do I Ching , publicada na Europa em 1923. Entre 3000 e 2000 a. C. , os 64 hexagramas foram compilados em forma de livro na época, um “livro ”era um feixe de tábuas de bambu amarrados pela extremidade, já que o papel só surgiria na China durante o século 2. Nessa forma, o “livro ”passou com registros históricos confiáveis à 1 ªdinastia –os Shang, que reinaram de 1600 a. C. a 1070 a. C.
Em diversos impérios que ocupavam o território da atual China, ninguém questionava o poder dos hexagramas –mas a maneira de interpretar sua sabedoria oculta variou imensamente. O significado dos trigramas era relativamente simples:cada um representava, ao mesmo tempo, uma característica da natureza (céu, terra, trovão, água, montanha, vento, fogo e lago)e um traço da psique (criatividade, abrigo, agitação, melancolia, constância, flexibilidade, iluminação, serenidade).
Dois símbolos combinados, por outro lado, eram enigmáticos. Muitas das interpretações inventadas para decifrálos foram acrescentadas ao livro –o I Ching , como o conhecemos hoje, são os 64 símbolos misteriosos mais um calhamaço de comentários feitos durante 6 séculos, pelo menos. O problema é que as tais explicações, na maior parte das vezes, são tão confusas que só aprofundam o mistério. Exper mente, por exemplo, abrir o livro logo na primeira página – você vai encontrar um hexagrama chamado Chien (“O criativo ”). Logo abaixo, diversas interpretações escritas em forma de verso, por volta do século 11 a. C. Primeiro, uma frase corr queira:“Sucesso. A perseverança recompensa ”. Logo adiante, o seguinte imbróglio: “Vôo hesitante sobre as profundezas. Subitamente, você vê uma revoada de dragões sem cabeça ”. Deu para sentir o drama, não?
Yin e yang
Apesar da dificuldade de entender esses provérbios, chineses de todas as classes –desde os plebeus que aravam os campos até os reis e generais que comandavam exércitos –consultavam o livro na hora do aperto. A consulta seguia um ritual complicado:50 caules de uma planta chamada milefólio eram várias vezes chacoalhados e lançados sobre uma mesa (veja ao lado). A posição das varetas dava origem a uma seqüência numérica que por sua vez indicava um dos 64 hexagramas. E os sábios chineses interpretavam cada um como conselho divino, uma chave para entender os acontecimentos presentes e a melhor maneira de agir no futuro.
A filosofia chinesa encarava o Universo como uma massa de energia em constante transformação –e os 64 símbolos seriam retratos de padrões cósmicos que se repetem e se alternam constantemente. Esses padrões ou estágios de metamorfose ocorrem tanto na mente humana e nas relações sociais quanto nos fenômenos da natureza –ou seja, abarcam tudo, desde os problemas domésticos de um camponês até o movimento das galáxias. Daí o primeiro nome do livro, que na época era apenas I , “Mutações ” .
Para entender a essência de cada hexagrama, é preciso desmontálo:a chave dos símbolos está nas linhas que os compõem. “Linhas inteiras representavam o céu, enquanto linhas interrompidas indicavam a terra ”, explica o monge budista Gustavo Alberto Corrêa Pinto, que traduziu o I Ching para o português na década de 1980. Na China antiga, acreditavase que a Terra estava parada no centro do Universo, enquanto o céu, com seu séquito de constelações, nuvens, pássaros e meteoros, moviase ao redor dela. Do céu vinham a luz e a chuva, que fecundavam o solo e davam origem à vida. Por isso, a linha inteira significa o elemento ativo, luminoso, masculino do Universo;a linha quebrada era o feminino, o escuro, o repouso.
Com o tempo, essas energias opostas, mas complementares, ganharam nomes próprios (e foi com esses nomes que se tornaram notórias no Ocidente, milhares de anos depois):yang e yin. As duas palavras significam, literalmente, o lado sombrio e o lado iluminado de uma montanha. Em termos filosóficos, elas simbolizam todos os opostos que formam o mundo. Cada hexagrama seria uma combinação de luz e sombra, macho e fêmea, ação e imobilidade, ímpeto e paciência, yin e yang –formando uma dança cósmica de opostos que rege o Universo.
Até os tempos da dinastia Shang (por olta dos séculos 18 a 11 a. C. ), os adivinhos que estudavam o I não colocavam suas interpretações por escrito. O livro era só uma coleção muda de símbolos mágicos, sem nenhuma notinha de rodapé. Os primeiros textos explicando a natureza de cada “mutação ”foram compostos nos últimos anos da dinastia Shang, em meio a intrigas políticas e guerra civil.
Segundo a lenda, Chou Hsin, o último imperador Shang, que reinou em meados do século 11 a. C. , era famoso como pinguço pro erbial e temido por sua terrível crueldade. Os nobres do reino, cansados dos seus shows de horrores, tramaram a queda do déspota. O líder da conspiração era um certo conde Wen, que go ernava uma província no noroeste da China (por coincidência, a região tinha o mesmo nome do soberano doido Chou). Durante algum lapso de sobriedade entre suas ressacas homéricas, o imperador foi informado da tramóia. Não deu outra:Wen foi preso e jogado no calabouço. Nas sombras da prisão, o conde rebelde se tornou o segundo autor do Livro das Mutações.
Os primeiros textos
Wen aparece nas lendas como um sábio versado nas artes da profecia. Segundo o historiador Ma Rong, do século 2, o conde passava o tempo na prisão meditando sobre o significado dos símbolos. Resol eu preservar suas interpretações para a posteridade:batizou cada hexagrama com um nome, resumindo suas características essenciais. O primeiro hexagrama, formado apenas por linhas inteiras ou yang, chamouse Chien, o criativo. O segundo, só com linhas quebradas ou yin, foi batizado de Kun, o receptivo. Os demais símbolos, que são uma salada mista de yang e yin, ganharam nomes como Conflito, Paz, Estagnação e assim por diante. Além disso, Wen escreveu textos em forma de poemas, que mais tarde foram acrescentados ao corpo do livro, com o nome de Julgamentos –e lá estão até hoje. Os ersos de Wen contêm conselhos curtinhos –dignos daquelas mensagens em biscoitinhos da sorte ou horóscopos. O texto do hexagrama 4, por exemplo, diz:“Se você é sincero, terá luz e sucesso ”.
Após 7 anos de prisão, Wen voltou a ver a luz do dia. Assim que botou os pés fora da cadeia, passou a conspirar contra o soberano Chou. Retornou à província de Chou, reuniu exércitos, cativou a lealdade do po o. E, por olta de 1180 a. C. , declarou guerra ao imperador. Seus exércitos marcharam contra a capital Youli, mas não rápido o bastante:Wen, que estava velhinho, morreu antes de sentir o gosto da vitória. Os louros couberam a seus filhos, Wu e Dan. Ambos aniquilaram as forças imperiais em batalhas tão violentas que, segundo a lenda, rios de sangue correram pelos campos da China. Chou Hsin foi cercado na capital;endo que tudo estava perdido, resol eu partir em grande estilo e tocou fogo no próprio palácio. Morreu queimado – com todo seu harém.
Os conquistadores inauguraram uma nova dinastia –que, em homenagem à região, chamouse Chou. Nos anos seguintes, a China foi governada por Dan, conhecido como duque de Chou. A ligação com o Livro das Mutações devia correr mesmo no sangue da família:enquanto organizava o reino e combatia rebeldes, Dan seguiu os passos do pai e escreveu mais uma batelada de interpretações para os hexagramas. O terceiro autor do I Ching é bem mais obscuro que o segundo. Os textos do duque de Chou (acrescentados ao livro com o título de Imagens)hoje soam quase psicodélicos. Aquelas linhas sobre revoada de dragões sem cabeça, que ocê encontrou no início da reportagem, são assinadas por ele. Outras pérolas:“Erga o bastão de jade;alguma coisa vai cair do céu ”(no hexagrama 44);“A raposa espia:ela ê porcos enlameados se aproximando e uma carroça cheia de fantasmas ”(hexagrama 38). Frases que não fariam feio em uma música de Bob Dylan ou num poema dadaísta.
Com o tempo, a língua chinesa mudou, e aqueles ersos em estilo arcaico tornaramse enigmáticos para os próprios chineses. Todas as passagens que reproduzimos aqui, a propósito, são traduções aproximadas. “Depois de alguns séculos, ninguém tinha a menor idéia do que os Julgamentos e as Imagens realmente significavam. Os textos eram tão ambíguos que praticamente qualquer interpretação podia ser dada a eles ”, escreve o lingüista britânico Richard Rutt no livro Zhouyi:The Book of Changes , de 2002 (“I Ching:O Livro das Mutações ”, sem edição no Brasil). Hoje, há tantas explicações para as charadas de Wen e Dan quanto há tradutores e estudiosos do I Ching.
O sinólogo Steve Marshall, também britânico, acredita que o enigma tem uma explicação relativamente simples:os ersos confusos seriam referências cifradas a fatos históricos. Exemplo disso é uma linha que o duque de Chou compôs para o hexagrama 55:“O arado é visto ao meiodia ”. Segundo Marshall, o tal varado ”era o nome dado pelos chineses a um grupo de 7 estrelas que integra a constelação da Ursa Maior. O texto indicaria um eclipse total do Sol por volta do ano 1070 a. C. , que teria escurecido toda a China e feito com que as estrelas brilhassem em pleno dia. Antigas tradições dizem que a queda dos Shang foi anunciada por apavorantes fenômenos naturais na terra e no céu, sinal da ira divina contra o imperador louco –e Marshall acredita que o verso do duque celebra o fato. Os textos do I Ching seriam, portanto, uma espécie de livro de história codificado. “Ele tem uma narrativa oculta por trás de muitas de suas sentenças enigmáticas ”, escreve ele na obra The Mandate of Heaven:Hidden His ory in the I Ching, de 2001 (“O Mandamento Divino:A História Oculta no I Ching ”, também sem edição brasileira).
A vez de Confúcio
Os descendentes do conde Wen governaram a China até o século 3 a. C. Foi uma época de ouro:a literatura floresceu, as artes se refinaram. Por volta do século 6 a. C. , os hexagramas e suas interpretações já eram considerados o maior clássico da China –ainda que a maior parte das pessoas não entendesse seu significado. A dinastia Chou adotou o livro como uma espécie de manual de governo –tanto que, na época, a obra ganhou um segundo nome, ChouI , “Mutações dos Chou ”. Para entender os conselhos de seus prolixos ancestrais, os Chou precisavam de intérpretes bem gabaritados:na corte, havia uma ordem de xamãs cuja especialidade era tirar conselhos administrativos dos hexagramas. Embora o uso “mágico ”seguisse em alta, intelectuais chineses voltaram sua atenção para o lado filosófico do livro, deixando de lado o que achavam pura superstição. O grande responsável por essa transição foi, precisamente, o maior filósofo chinês de todos os tempos:Kung Fu Tsé, que no Ocidente ficou famoso pelo apelido latinizado, Confúcio.
Confúcio, que nasceu em 531 a. C. , não era um sujeito supersticioso. Mesmo assim, ele passava horas e horas lançando as varetas de milefólio e estudando os hexagramas. “O I Ching o deliciava ”, afirma Sima Quien em uma biografia escrita 400 anos mais tarde. Confúcio dedicou boa parte da vida à organização e crítica dos grandes clássicos da literatura chinesa, que na época andavam meio espalhados em tomos caóticos. Colocou as obras em ordem e acrescentoulhes capítulos e comentários. O resultado é a coleção chamada Seis Clássicos Confucianos – obra que todo candidato a sábio devia saber na ponta da língua. Nos séculos seguintes, a leitura dos Seis Clássicos seria requisito para quem quisesse fazer concursos públicos e trabalhar no governo. E o primeiro título da lista, adivinhe qual era?Sim:as Mutações de Chou , que Confúcio rebatizou com o nome que traz até hoje, I Ching .
Segundo Sima Quien, Confúcio foi o quarto autor do I Ching . Escreveu copiosas interpretações para os versos do clã Chou –mais tarde, esses comentários ganhariam o nome de Dez Asas . Ele não buscava oráculos para o futuro nem receitas para tirar ouro da cartola. Era, antes de mais nada, um moralista:acreditava que uma sociedade perfeita só seria construída quando todos os membros de uma nação se esforçassem por cultivar a ética individual. “Nas 64 situações descritas no livro, ele procurava indicações sobre a maneira mais moral de agir em determinadas circunstâncias ”, explica o sinólogo Mário Spoviero, da USP
Por exemplo:Confúcio viu no primeiro hexagrama, formado apenas por linhas sólidas, um emblema das 4 maiores virtudes da ética chinesa –amor, respeito à tradição, justiça e sabedoria. Quem encarnasse o hexagrama Chien seria o homem ideal para erguer impérios. “Ele se eleva acima da multidão de seres e todas as terras se unem em paz ”, escreveu Confúcio.
Os anos passaram, a glória dos Chou ficou para trás e outras dinastias se seguiram –mas o I Ching permaneceu impávido. Na Idade Média (por volta do ano 1070), um filósofo chamado Shao Yong criou uma disposição alternativa para os hexagramas, começando por Kun, o receptivo, e terminando por Chien, o criativo. Segundo ele, essa ordem seguia uma seqüência matemática mais precisa e era a disposição correta segundo os desígnios dos deuses. Séculos depois, a “ordem de Shao Yong ”serviu de passaporte para que o I Ching migrasse da filosofia antiga para os braços da ciência moderna.
O I Ching e a ciência moderna
Hoje, o interesse dos ocidentais pelo I Ching pode ser explicado pelo fenômeno conhecido como pósmodernismo. Em vez de seguir religiões tradicionais que fornecem verdades únicas, cada vez mais se opta por crenças exóticas, sem normas rígidas e que não exigem engajamento. Traços da cultura oriental, como o budismo, o yoga e o I Ching , entram nessa onda, assim como o Santo Daime e seitas neopentecostais. “Desponta um novo caminho da religião que, em muitos aspectos, se afasta dos moldes tradicionais ”, afirma o teólogo José Queiroz, da PUCSP
O contato entre os fenômenos sagrados do Oriente e do Ocidente começou no século 16, quando missionários jesuítas começaram a viajar à Ásia para catequizar os “pagãos ”. Pouco a pouco, notícias fragmentadas sobre as estranhas maravilhas da cultura chinesa começaram a pingar no nosso lado do planeta.
O primeiro grande cientista europeu a se interessar pela civilização da China foi um cortesão, diplomata e acadêmico alemão do século 17:Gottfried Wilhelm Leibniz (16421727). Numa época em que a maioria dos ocidentais nem sabia onde ficava a China, Leibniz tinha uma fonte privilegiada de informações sobre o país –era amigo de um jesuíta francês chamado Joachim Bouvet. Em uma das cartas que enviou a Leibniz de Pequim, por volta de 1699, Bouvet falou de certo livro antiqüíssimo, que segundo os chineses continha a chave para o conhecimento de todas as coisas. Essa era a idéia típica da ciência do século 17:que havia uma chave, uma teoria que explicaria todo o funcionamento do mundo. Em anexo, o jesuíta presenteou o amigo com uma cópia dos 64 hexagramas de Fu Hsi, arranjados na seqüência de Shao Yong.
“Quando viu os símbolos do I Ching , Leibniz ficou quase alucinado, pois sempre havia sonhado com uma ciência que abarcasse todo o Universo ”, conta o sinólogo Spoviero. Leibniz tratou de procurar ligações entre o I Ching e suas próprias investigações científicas. E não é que encontrou?Alguns anos antes, Leibniz havia inventado o sistema binário –aquele que utiliza apenas combinações variáveis de dois dígitos, 0 e 1, para representar todos os números. Sem esse sistema, a civilização digital de hoje em dia não existiria. Após examinar os signos enviados por Bouvet, Leibniz se convenceu de que os 64 hexagramas, na verdade, eram uma primitiva tabela binária. Basta substituir as linhas inteiras pelo dígito 1, e as quebradas pelo 0 –e, em vez de grupos geométricos, surge uma seqüência de números binários com 6 dígitos. Kun tornase 000000 –o equivalente binário ao número 0 –;Chien, no fim da tabela, vira 111111 – ou seja, 63. Um rudimento neolítico de ciência da computação.
Pode ser só coincidência matemática –assim como as complicadíssimas semelhanças entre os 64 hexagramas e as 64 possíveis combinações de proteínas do código genético, deslindadas pelo alemão Martin Schonberger em The I Ching and the Genetic Code , de 1973 (“O I Ching e o Código Genético ”, sem tradução no Brasil). Também há coincidência entre o I Ching e a física quântica, que estuda o comportamento da matéria na escala microscópica, ou seja, os átomos e seus pedacinhos –prótons, nêutrons, elétrons. Até o começo do século 19, a ciência ocidental era dominada pela doutrina da física “mecanicista ”:a matéria era vista como algo morto, imutável. Toda mudança que ocorria no mundo seria resultado de leis criadas por Deus, impostas de cima para baixo, exteriores ao próprio Universo. No século 19, surgiu a idéia de que o mundo sofre um progresso linear, idéia que acabou celebrizada na Teoria da Seleção Natural de Darwin.
No início do século 20, com os estudos de cientistas como Albert Einstein, James Maxwell e Niels Bohr, a coisa ficou ainda mais parecida com o I Ching . As novas teorias pintaram um Universo parecido com o proposto pelos místicos chineses. Os físicos do século 20 descobriram que as partículas que compõem a matéria estão em perpétua transformação:prótons se convertem em elétrons que se convertem em nêutrons, e assim por diante. O Universo não é algo estático, mas uma massa de energia em constante transformação, uma teia de processos infinitos e dinâmicos –ou mutações. E mais: o fluxo de metamorfoses que domina o mundo subatômico e forma tudo o que existe é regido pela dança de opostos. Os elétrons de carga negativa giram em torno dos núcleos de carga positiva, formando o átomo e o Universo.
Niels Bohr (18851962), um dos pais da física quântica, sabia das semelhanças entre sua ciência e certo livro antigo da China. Tanto que, após uma viagem ao Oriente em 1937, incluiu no brasão de armas de sua família o taichi – aquela esfera metade escura, metade clara, símbolo da interação entre yin e yang. “Lendo o I Ching , ele se inspirou para elaborar muitos conceitos fundamentais da física quântica ”, escreve o biólogo molecular Johnson Fa Yan em O DNA e o I Ching . Bohr ajudou a derrubar a noção de que as leis que regem o Cosmos são independentes da matéria –em vez disso, hoje se acredita que essas leis emanam da própria energia em mutação que forma o mundo. Idéia que pode ser resumida no seguinte lema:“As leis naturais não são forças externas às coisas, mas representam a harmonia e o movimento inerente às próprias coisas ”. Note bem:essa frase não saiu de um livro de física. É um trecho do I Ching.
1. CH'IEN - O CRIATIVO
2. K'UN - O RECEPTIVO
3. CHUN - A DIFICULDADE INICIAL
4. MENG - A INEXPERIÊNCIA
5. HSU - A ESPERA
6. SUNG - O CONFLITO
7. SHIH - O EXÉRCITO
8. PI - A UNIÃO
9. HSIAO CH'U - A FORÇA DO FRACO
10. LU - A CONDUTA
11. T'AI - A PAZ
12. PI - A ESTAGNAÇÃO
13. TUNG JÊN - A FRATERNIDADE
14. TA YU - A GRANDE FORÇA
15. CH'IEN - A HUMILDADE
16. YU - O ENTUSIASMO
17. SUI - O SEGUIR
18. KU - A REAÇÃO
19. LIN - A APROXIMAÇÃO
20. KUAN - A CONTEMPLAÇÃO
21. SHIH HO - A MORDIDA
22. PI - A BELEZA
23. PO - A DESINTEGRAÇÃO
24. FU - O RETORNO
25. WU WANG - A SIMPLICIDADE
26. TA CH'U - A FORÇA DO FORTE
27. I - O ALIMENTO
28. TA KUO - O IMPÉRIO DOS FATOS
29. K'AN - O ABISMO
30. LI - A LUZ
31. HSIEN - A ATRAÇÃO
32. HENG - A DURAÇÃO
33. TUN - A RETIRADA
34. TA CHUANG - O PODER
35. CHIN - O PROGRESSO
36. MING I - O OBSCURECIMENTO
37. CHIA JEN - A FAMÍLIA
38. K'UEI - A OPOSIÇÃO
39. CHIEN - O OBSTÁCULO
40. HSIEH - A LIBERAÇÃO
41. SUN - A PERDA
42. I - O ACRÉSCIMO
43. KUAI - A DECISÃO
44. KOU - O ENCONTRO
45. TS'UI - A REUNIÃO
46. SHÊNG - A ASCENSÃO
47. K'UN - A OPRESSÃO
48. CHING - O POÇO
49. KO - A REVOLUÇÃO
50. TING - O CALDEIRÃO
51. CHÊN - O TROVÃO
52. KÊN - A PARADA
53. CHIEN - O DESENVOLVIMENTO
54. KUEI MEI - A JOVEM QUE SE CASA
55. FÊNG - A PLENITUDE
56. LÜ - O VIAJANTE
57. SUN - O VENTO QUE PENETRA
58. TUI - A SERENIDADE
59. HUAN - A DISPERSÃO
60. CHIEH - A LIMITAÇÃO
61. CHUNG FU - A SINCERIDADE
62. HSIAO KUO - O AVANÇO DO PEQUENO
63. CHI CHI - APÓS A CONCLUSÃO64. WEI CHI - ANTES DA CONCLUSÃO
Séculos 30 a 11 a. C.
CHINA - Descobertas arqueológicas mostram que a civilização chinesa surgiu nessa época, no vale de Henan, centro do país. É quando aparece a agricultura, a escrita, a divisão de tarefas e até mesmo usinas rudimentares e fundição para fazer objetos e esculturas de bronze.
I CHING - Segundo a lenda, Fu Hsi encontra 8 símbolos (os trigramas)nas costas de um dragão, às margens do rio Amarelo, por volta de 3000 a. C. Uma variante do mito conta que o imperador compôs os signos a partir de observações da natureza.
Séculos 11 a 3 a. C
CHINA - O território chinês é ocupado por diversos reinos pequenos que freqüentemente lutam entre si. Com a dinastia Chou, surgem condições para a unificação dos reinos. Começa um período de força cultural e filosófica, representado pelo filósofo Confúcio.
I CHING - Ganha interpretações dos seus 3 escritores históricos: o conde Wen, criador da dinastia Chou, seu filho, o duque de Chou, e o filósofo Confúcio. Nessa época, o I Ching se torna também uma espécie de manual utilizado pelos administradores do governo.
Séculos 3 a. C. a 2
CHINA - Os reinos são unificados, dando início à dinastia Qin. O imperador Qin Shi Huangdi é o primeiro da China unificada. Ele organiza o calendário, o sistema de escrita e inicia a Muralha da China. Ao morrer, é enterrado com 6 mil estátuas de terracota, os guerreiros de Xi ’an.
I CHING - O imperador Qin manda queimar todos os livros e registros que não sejam sobre a sua dinastia. Mesmo assim, o I Ching sobrevive misteriosamente, ao contrário de vários textos importantes para a época, como alguns escritos pelo filósofo Confúcio.
Séculos 2 a 16
CHINA - As poderosas dinastias Han, Tang e Song protagonizam períodos de conflito e união. A China se torna uma das civilizações mais avançadas da época. Mas, no século 14, os mongóis conquistam o país: Kublai Khan, neto de Gêngis Khan, passa a governá-lo.
I CHING - Torna-se o clássico absoluto da civilização chinesa. Não serve apenas como um manual de adivinhação: vira uma explicação para tudo o que existe. No Ocidente, no entanto, ele continua sendo um ilustre desconhecido.
Séculos 16 a 18
CHINA - A dinastia Ming expulsa os mongóis. Enquanto isso, a Igreja Católica envia missionários da ordem dos jesuítas à China, que ficam fascinados pela cultura do país. A navegação se desenvolve e a Cidade Proibida, em Pequim, é construída.
I CHING - Pelas mãos dos jesuítas, o I Ching chega à Europa junto com os vasos Ming, que viram peças de coleção dos reis europeus. Na onda de artefatos exóticos chineses, a obra atrai eruditos como o cientista Wilhelm Leibniz. É o início do namoro entre o livro e o Ocidente.
Século 20
CHINA - Um levante popular derruba a dinastia Qing, a última da história da China. Em 1949, os comunistas estabelecem a República Popular da China, governada com mão de ferro e vigorando até hoje, apesar da aproximação cada vez maior do país com o capitalismo. I CHING - Os comunistas banem o livro, que, apesar disso, continua sendo consultado em segredo. Anos depois, ele é reabilitado. No Ocidente, o I Ching vira superstar, assim como outras manifestações orientais. Inúmeras traduções surgem nas principais línguas ocidentais.
Depois do século 5 a.C., o I Ching deixou de ser só um manual de profecias e ganhou o título lisonjeiro de “clássico confuciano ”. No século 20, essa relação ambilical com o filósofo mais famoso da China se tornou perigosa e quase levou o I Ching à extinção. Em 1949, quando o Partido Comunista subiu ao poder, Mao Tsé-tung, ditador todo-poderoso, decidiu que a filosofia e a espiritualidade da antiga China imperial deviam ser ceifadas pela foice e o martelo da revolução. Nenhuma obra devia fazer sombra ao Livro Vermelho – a cartilha ideológica escrita por Mao. Confúcio foi uma das vítimas favoritas dessa caça às bruxas: sua filosofia foi declarada “burguesa ” e “contra-revolucionária ”, dois palavrões horrorosos para regimes comunistas ao redor do mundo. Em 1966, o governo mandou apreender e queimar todos os livros relacionados ao velho Mestre Kung – e o I Ching entrou na lista negra. Agentes do governo confiscavam exemplares da obra às centenas e prendiam quem ousasse escondê-los. Mas, nas aldeias remotas, em cabanas perdidas nas montanhas ou em redutos secretos das grandes cidades, as varetas de milefólio continuaram a ser lançadas, como acontecera nos milênios anteriores. “Atacado, proibido e perseguido, o I Ching só não desapareceu na China por ter sido preservado na clandestinidade, pelo uso popular ”, conta o monge budista Gustavo Alberto Corrêa Pinto. Vendo que não podia vencer seus inimigos, o Partido Comunista resolveu unir-se a eles: na década de 1980, os governantes do país tiraram o confucionismo da ilegalidade e propuseram uma mescla entre os ensinamentos de Confúcio e Karl Marx. O I Ching saiu do índice dos livros proibidos e voltou ao panteão dos clássicos chineses.
Sentado no chão do pátio, à sombra de uma pereira centenária, o sábio lança varetas e consulta os oráculos do I Ching. Dia após dia, durante horas e horas, sem se cansar. “O Livro das Mutações é um ser vivo e em suas respostas podemos notar a marca de uma personalidade distinta ”, escreveu aquele intelectual alguns anos mais tarde, relatando suas experiências com o clássico. A cena descrita acima não se passa na China antiga, mas em um pequeno castelo na cidadezinha de Bollingen, na Suíça, durante o verão de 1920. O sábio sentado no chão é o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, um pioneiro no estudo do inconsciente humano no século 20. Jung, que de cético não tinha nada, acreditava que a mitologia e as religiões da Antiguidade podiam ajudar o homem a conhecer melhor sua própria alma. O psiquiatra sempre se interessou por filosofia oriental – mas foi nas férias de verão de 1920 que começou a lançar as varetas proféticas. Foi amor à primeira consulta. Encontrei relações cheias de sentido entre o que diziam os textos dos hexagrmas e meus próprios pensamentos – fato que eu não conseguia explicar a mim mesmo ”, conta Jung no livro Memórias, Sonhos, Reflexões. O fascínio do I Ching levou Jung a formular a teoria da “sincronicidade ”, segundo a qual, em determinadas ocasiões, paralelos emergem entre o mundo da mente e o mundo real – paralelos que, , segundo ele, a civilização ocidental chama de “mera coincidência ”. Para Jung, a coincidência não deve ser desprezada:o acaso, muitas vezes, faz sentido. A indicação de um determinado hexagrama pelo lançamento de varetas ou moedas pode parecer algo aleatório, mas também pode iluminar elementos ocultos no inconsciente de quem faz a consulta. Mesmo quando o sentido das frases é ambíguo e rarefeito, o simples ato de refletir sobre elas pode levar o paciente ao autoconhecimento. Jung testou sua teoria no consultório. Certa vez, tratava um jovem com complexo de Édipo que pretendia casar com uma mulher que lhe lembrava profundamente a própria mae. O psiquiatra sugeriu que o paciente consultasse o I Ching – e o texto o hexagrama resultante era o seguinte: “A jovem é poderosa; não se deve casar com uma jovem assim ”. Pura coincidência? Talvez sim. Mas a terapia funcionou.












domingo, 12 de outubro de 2008

Ventania




Ventania, nome artístico de Wilson da Silva (Pariqüeraçu, 21 de agosto de 1962), é um cantor andarilho cuja inspiração vem do movimento hippie, dos anos 60 e 70. Atualmente mora em São Thomé das Letras.
Uma das mais importantes influências musicais de Ventania é o cantor e compositor Raul Seixas, o "Raulzito", marco histórico do rock nacional e da mistura com influências "alternativas".
Biografia e obra
Ventania é separado e tem oito filhos, segundo ele. Ainda segundo o cantor, sua carreira começou aos oito anos de idade, tocando piano na igreja. Mais tarde, em torno de 1980, comecou a cantar e compor, na estrada. Sua vida de shows (por enquanto apenas nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná) é recente, a partir da gravação de seu CD "Só Para Loucos". A disseminação de suas gravações, porém, foi impulsionada sobremaneira pela Internet, através da troca de arquivos MP3 em programas P2P. Vale notar que o trabalho de Ventania é completamente independente, não estando vinculado a nenhuma gravadora. Para contar com a divulgação de suas músicas no Sul de Minas, por exemplo, Ventania contou com a amizade com o pessoal da Rádio Universitária AM 1570 KHz. Justamente neste meio, o do público universitário, que Ventania mais faz sucesso
As letras de suas canções são inspiradas em temas bastante caros ao movimento hippie, como a liberdade -- que lhe permite pôr o pé na estrada, sem rumo, transportando-se com os meios disponíveis --, o uso de drogas, em especial, maconha e cogumelos alucinógenos, a contemplação da natureza e a idéia de "Paz e Amor". Ventania também defende a bandeira da legalização da maconha, tanto em letras quanto pessoalmente, em entrevistas e shows.
Quanto ao aspecto musical, suas composições são extremamente simples, minimalistas, chegando, por exemplo, a tocar músicas com apenas dois acordes, como é o caso de "O Diabo é Careta". As gravações do CD foram feitas usando apenas voz e violão, embora nas apresentações ao vivo a Banda Hippie, que o acompanha, acrescente baixo e, às vezes, percussão, às músicas. Sua voz rouca e seu estilo despojado fazem lembrar Richie Havens, tocando no lendário festival de Woodstock. Um outro paralelo, em termos de idéias e inspirações, é com o cantor "do mundo" Manu Chao.
As influências são variadas, mas destacam-se Raul Seixas ("Ele cantava pro Al Capone/Mas eu canto pro PC") e as canções dos velhos hippies estradeiros. Além de se inspirar em um grande sucesso dos anos 70 para compor sua música cartão-de-visita: Só Para Loucos. Esta música, originalmente, é uma composição do vocalista da banda Black Zé, banda de rock brasileira dos anos 70.




Cheech & Chong Sucesso dos anos 70 e ate hoje


Cheech and Chong eram uma dupla humorística que encontrou uma larga audiência nos anos 70 e 80 para seus shows de comédia stand-up, que eram baseados na era dos hippies, "paz e amor" e especialmente a cultura das drogas.
Richard "Cheech" Marin e Tommy Chong são uma dupla que fez sucesso no cinema com caracterizações de hippies drogados.
Up in Smoke (br: Queimando Tudo) é um filme estadunidense de 1978, do gênero comédia, dirigido por Lou Adler.
O roteiro foi escrito pela dupla de comediantes Cheech Marin e Tommy Chong. O filme foi distribuído pela Paramount Pictures.
Sinopse
É o primeiro filme da dupla de comediantes Cheech e Chong. Cheech é o tipo latino de adolescente da década de 70. Chong é o desajustado de classe média. O fusca de Chong quebra e Cheech lhe dá uma carona. Fumam um bagulho do tamanho de uma salsicha e Cheech começa a passar mal. Chong lhe dá uns comprimidos, mas por engano não são aspirina. São LSD. Tomam uma geral da polícia, são enquadrados, mas logo depois liberados pela juiza. Chong arruma uma namorada que cheira todo o sapólio que ele deixou cair por engano em um pratinho.
Entre festinhas e batidas policiais vão parar em uma fábrica que disfarça a maconha em utensílios. A partir daí seguem uma viagem em uma van verde, feita de maconha, só que o escapamento vai queimando a erva por onde passam, deixando os que os seguem doidões.




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